sexta-feira, 27 de abril de 2007

Os burros motivados

"Cuidado com os burros motivados", A revista ISTO É publicou esta entrevista por Camilo Vannuchi. O entrevistado é Roberto Shinyashiki, médico psiquiatra,com Pós-Graduação em administração de empresas pela USP, consultor organizacional e conferencista de renome nacional e internacional.
Em "Heróis de Verdade", o escritor combate a supervalorizaçãodas Aparências, diz que falta ao Brasil competência, e não auto-estima.
ISTO É - QUEM SÃO OS HERÓIS DE VERDADE?
Roberto Shinyashiki -- Nossa sociedade ensina que, para seruma pessoa de sucesso, você precisa ser diretor de uma multinacional, tercarro importado, viajar de primeira classe. O mundo define que poucaspessoas deram certo. Isso é uma loucura. Para cada diretor de empresa, hámilhares de funcionários que não chegaram a ser gerentes. E essas pessoassão tratadas como uma multidão de fracassados. Quando olha para a própriavida, a maioria se convence de que não valeu a pena porque não conseguiu tero carro nem a casa maravilhosa. Para mim, é importante que o filho da moçaque trabalha na minha casa possa se orgulhar da mãe. O mundo precisa depessoas mais simples e transparentes. Heróis de verdade são aqueles que trabalham para realizarseus projetos de vida, e não para impressionar os outros. São pessoas quesabem pedir desculpas e admitir que erraram.
ISTO É -- O SR. CITARIA EXEMPLOS?
Shinyashiki -- Quando eu nasci, minha mãe era empregadadoméstica e meu pai, órfão aos sete anos, empregado em uma farmácia.Morávamos em um bairro miserável em São Vicente (SP) chamado Vila Margarida.Eles são meus heróis. Conseguiram criar seus quatro filhos, que hoje estãobem. Acho lindo quando o Cafu põe uma camisa em que está escrito "100%Jardim Irene". É pena que a maior parte das pessoas esconda suas raízes. Oresultado é um mundo vítima da depressão, doença que acomete hoje 10% dapopulação americana. Em países como Japão, Suécia e Noruega, há maissuicídio do que homicídio. Por que tanta gente se mata? Parte da culpa estána depressão das aparências, que acomete a mulher que, embora não ame mais omarido, mantém o casamento, ou o homem que passa décadas em um emprego quenão o faz se sentir realizado, mas o faz se sentir seguro.
ISTO É -- Qual o resultado disso?
Shinyashiki -- Paranóia e depressão cada vez mais precoces.O pai quer preparar o filho para o futuro e mete o menino em aulas deinglês, informática e mandarim. Aos nove ou dez anos a depressão aparece. Aúnica coisa que prepara uma criança para o futuro é ela poder ser criança.Com a desculpa de prepará-los para o futuro, os malucos dos pais estão roubandoa infância dos filhos. Essas crianças serão adultos inseguros e terãodiscursos hipócritas. Aliás, a hipocrisia já predomina no mundo corporativo.
ISTO É - Por quê?
Shinyashiki -- O mundo corporativo virou um mundo defaz-de-conta, a começar pelo processo de recrutamento. É contratado osujeito com mais marketing pessoal. As corporações valorizam mais aauto-estima do que a competência. Sou presidente da Editora Gente eentrevistei uma moça que respondia todas as minhas perguntas com uma ou duaspalavras. Disse que ela não parecia demonstrar interesse. Ela me respondeuestar muito interessada, mas, como falava pouco, pediu que eu pesasse odesempenho dela, e não a conversa. Até porque ela era candidata a um empregona contabilidade, e não de relações públicas. Contratei-a na hora. Numprocesso clássico de seleção, ela não passaria da primeira etapa.
ISTO É -- Há um script estabelecido?
Shinyashiki -- Sim. Quer ver uma pergunta estúpida feita porum Presidente de multinacional no programa O aprendiz ? "Qual é seudefeito?" Todos respondem que o defeito é não pensar na vida pessoal: "Eumergulho de cabeça na empresa. Preciso aprender a relaxar". É exatamente oque o Chefe quer escutar. Por que você acha que nunca alguém respondeu serdesorganizado ou esquecido? É contratado quem é bom em conversar, emfingir. Da mesma forma, na maioria das vezes, são promovidos aqueles quefazem o jogo do poder. O vice-presidente de uma as maiores empresas doplaneta me disse: " Sabe, Roberto, ninguém chega à vice-presidência semmentir". Isso significa que quem fala a verdade não chega a diretor?
ISTO É -- Temos um modelo de gestão que premia pessoas mal preparadas?
Shinyashiki -- Ele cria pessoas arrogantes, que não têm a humildade de se preparar, que não têm capacidade de ler um livro até o fim enão se preocupam com o conhecimento. Muitas equipes precisam de motivação,mas o maior problema no Brasil é competência. CUIDADO COM OS BURROS MOTIVADOS. Há muita gente motivada fazendo besteira. Não adianta vocêassumir uma função para a qual não está preparado. Fui cirurgião e meorgulho de nunca um paciente ter morrido na minha mão. Mas tenho a humildadede reconhecer que isso nunca aconteceu graças a meus chefes, que foramsábios em não me dar um caso para o qual eu não estava preparado. Hoje, ogaroto sai da faculdade achando que sabe fazer uma neurocirurgia. O Brasilse tornou competente e não acordou para isso.
ISTO É -- Está sobrando auto-estima?
Shinyashiki -- Falta às pessoas a verdadeira auto-estima. Seeu preciso que os outros digam que sou o melhor, minha auto-estima estábaixa. Antes, o ter conseguia substituir o ser. O cara mal-educado dava umagorjeta alta para conquistar o respeito do garçom. Hoje, como as pessoas nãoconseguem nem ser nem ter, o objetivo de vida se tornou parecer. As pessoas parecem que sabem, parece que fazem, parece queacreditam. E poucos são humildes para confessar que não sabem. Há muitasmulheres solitárias no Brasil que preferem dizer que é melhor assim. Emboraa auto-estima esteja baixa, fazem pose de que está tudo bem.
ISTO É -- Por que nos deixamos levar por essa necessidade desermos perfeitos em tudo e de valorizar a aparência?
Shinyashiki -- Isso vem do vazio que sentimos. A gente continua valorizando os heróis. Quem vai salvar o Brasil? O Lula. Quem vaisalvar o time? O técnico. Quem vai salvar meu casamento? O terapeuta. Oproblema é que eles não vão salvar nada! Tive um professor de filosofia quedizia: "Quando você quiser entender a essência do ser humano, imagine arainha Elizabeth com uma crise de diarréia durante um jantar no Palácio deBuckingham". Pode parecer incrível, mas a rainha Elizabeth também temdiarréia. Ela certamente já teve dor de dente, já chorou de tristeza, já fezcoisas que não deram certo.A gente tem de parar de procurar super-heróis. Porque se o super-herói nãosegura a onda, todo mundo o considera um fracassado.
ISTO É --O conceito muda quando a expectativa não se comprova? Shinyashiki -- Exatamente. A gente não é super-herói nemsuperfracassado. A gente acerta, erra, tem dias de alegria e dias detristeza. Não há nada de errado nisso. Hoje, as pessoas estão questionando oLula em parte porque acreditavam que ele fosse mudar suas vidas e sedecepcionaram. A crise será positiva se elas entenderem que aresponsabilidade pela própria vida é delas.
ISTO É -- Muitas pessoas acham que é fácil para o RobertoShinyashiki dizer essas coisas, já que ele é bem-sucedido. O senhor temdefeitos?
Shinyashiki -- Tenho minhas angústias e inseguranças. Mas aceitá-las faz minha vida fluir facilmente. Há várias coisas que eu queria enão consegui. Jogar na Seleção Brasileira, tocar nos Beatles (risos). Meu filho mais velho nasceu com uma doença cerebral e hoje tem 25 anos. Com uma criança especial, eu aprendi que ou eu a amo do jeito que ela é ou vou massacrá-la o resto da vida para ser o filho que eu gostaria que fosse. Quando olho para trás, vejo que 60% das coisas que fiz deram certo. O resto foram apostas e erros. Dia desses apostei na edição de um livro que não deu certo. Um amigão me perguntou: " Quem decidiu publicar esse livro?" Eu respondi que tinha sido eu. O erro foi meu. Não preciso mentir.
ISTO É - Como as pessoas podem se livrar dessa tirania daaparência? Shinyashiki -- O primeiro passo é pensar nas coisas que fazemas pessoas cederem a essa tirania e tentar evitá-las. São três fraquezas. Aprimeira é precisar de aplauso, a segunda é precisar se sentir amada e aterceira é buscar segurança. Os Beatles foram recusados por gravadoras e nempor isso desistiram. Hoje, o erro das escolas de música é definir o estilodo aluno. Elas ensinam a tocar como o Steve Vai, o B. B. King ou o KeithRichards.Os MBAs têm o mesmo problema: ensinam os alunos a serem covers do BillGates. O que as escolas deveriam fazer é ajudar o aluno a desenvolver suaspróprias potencialidades.
ISTO É -- Muitas pessoas têm buscado sonhos que não são seus?
Shinyashiki -- A sociedade quer definir o que é certo. Sãoquatro loucuras da sociedade. A primeira é instituir que todos têm de ter sucesso, como se ele não tivesse significados individuais. A segunda loucuraé: Você tem de estar feliz todos os dias. A terceira é: Você tem que comprartudo o que puder. O resultado é esse consumismo absurdo. Por fim, a quartaloucura: Você tem de fazer as coisas do jeito certo. Jeito certo não existe!Não há um caminho único para se fazer as coisas. As metas são interessantespara o sucesso, mas não para a felicidade. Felicidade não é uma meta, mas umestado de espírito.Tem gente que diz que não será feliz enquanto não casar, enquanto outros se dizem infelizes justamente por causa do casamento. Você pode ser feliztomando sorvete, ficando em casa com a família ou com amigos verdadeiros,levando os filhos para brincar ou indo a praia ou ao cinema. Quando era recém-formado em São Paulo, trabalhei em um hospital de pacientes terminais.Todos os dias morriam nove ou dez pacientes. Eu sempre procurei conversar com eles na hora da morte. A maior parte pega o médico pela camisa e diz:"Doutor, não me deixe morrer. Eu me sacrifiquei a vida inteira, agora euquero aproveitá-la e ser feliz". Eu sentia uma dor enorme por não poder fazer nada. Alí eu aprendi que a felicidade é feita de coisas pequenas.Ninguém na hora da morte diz se arrepender por não ter aplicado o dinheiro em imóveis ou ações, mas sim de ter esperado muito tempo ou perdido várias oportunidades para aproveitar a vida-
(From Yahoo Groups, 27 apr. 2007)

quarta-feira, 11 de abril de 2007

Administração do stress

Administrar o estresse é uma tendência
By Patrícia Bispo


Não é por acaso que o estresse corporativo tem despertado a preocupação das empresas e de especialistas na área de saúde. Para se ter uma idéia da dimensão e das conseqüências do estresse ocupacional, uma pesquisa realizada pela Isma (International Stress Management Association,) revelou que cerca de 70% dos trabalhadores brasileiros sofrem do chamado “mal do século”. Esse percentual, para a surpresa de algumas pessoas, equivale aos índices presentes em países como Inglaterra e Estados Unidos. No dia-a-dia, o estresse ocupacional pode ser apontado como responsável por boa parte dos gastos anuais das empresas, pois gera diminuição na produtividade, pagamentos de horas-extras, desperdício de material de trabalho, além de custos elevados com assistência médica. Nos Estados Unidos, por exemplo, os problemas relacionados ao estresse no trabalho custam às organizações aproximadamente 300 bilhões de dólares.
Mesmo que o estresse desponte entre as preocupações das empresas, a realidade mostra que não é possível evitá-lo. Contudo, pode ser administrado e quando isso acontece, o quadro pode ser revertido, ou seja, ao invés de causar efeitos negativos, o estresse serve de mola propulsora para a superação de obstáculos e obtenção de conquistas significativas para as equipes. O “X” da questão está em com os colaboradores podem conviver com o estresse, sem que adoeçam ou se sintam desmotivados para exercerem suas atividades. Nesse momento, a atuação do profissional de Recursos Humanos faz a diferença, pois ele pode identificar os fatores estressantes no ambiente corporativo e apresentar ações estratégicas que assegurem a saúde da organização. Para falar sobre o estresse ocupacional, o RH.com.br entrevistou a consultora organizacional Sandra Schamas. Ela defende que a administração do tempo pode, por exemplo, melhorar tanto a performance do profissional quanto diminuir os índices de estresse oriundos da competitividade. Na entrevista, ela fala sobre os fatores estressantes que são gerados fora e dentro do meio corporativo, mas que exercem influências significativas entre os colaboradores.

RH.com.br - Competitividade, constantes transformações impostas pela Globalização e empregabilidade são apenas alguns fatores que fazem parte da rotina corporativa. Além desses, que outros fatores contribuem para gerar estresse no ambiente corporativo?Sandra Schamas - Acredito que muitos profissionais trazem consigo problemas antes mesmo de entrarem na empresa. Tenho notado, por exemplo, que as pessoas não escolhem muito onde querem trabalhar com a falsa idéia de que “não há emprego”. Do mesmo modo que as pessoas reclamam da falta de oportunidades, os empregadores queixam-se da falta de profissionais competentes e adequados para o cargo. Acho que é importante ponderar a distância entre o local de trabalho e a casa do profissional, o perfil da empresa e o cargo. Se o profissional procura “qualquer coisa”, vai encontrar “qualquer coisa” e, isso, depois de certo tempo não funciona, pois a pessoa fica desmotivada, cansada e aí vem, como conseqüência, o estresse no ambiente corporativo.
RH - Qual fator mais tem interferido na vida do trabalhador?Sandra Schamas - A insatisfação com o cargo ocupado é um dos fatores que mais interfere na vida do trabalhador. Existem hoje empresas especializadas em analisar o perfil do profissional na contratação: é um pequeno investimento em tempo e dinheiro que traz inúmeros benefícios tanto para o funcionário quanto para a empresa. Às vezes as pessoas pegam a primeira proposta pensando em mudar depois, mas isso na pratica não acontece. É bom lembrarmos que existe a acomodação e mesmo insatisfeitos, muitos profissionais têm o medo de mudar.
RH - Essa interferência é obrigatoriamente 'perigosa' para a qualidade de vida e o desempenho dos profissionais?Sandra Schamas - Claro que é perigosa, porque ficamos mais tempo no trabalho do que em casa com a própria família. A insatisfação acaba gerando desinteresse e ninguém consegue trabalhar bem assim. Costumo dizer que na atualidade ou a pessoa exerce um trabalho que gosta ou aprende a gostar do que está exercendo.
RH - Pensar num ambiente sem estresse é utopia?Sandra Schamas - Nas mais recentes publicações sobre o assunto já se fala em bom estresse e mau estresse. Devemos lembrar que o estresse é um conjunto de reações que o organismo apresenta para preservar a sobrevivência. Ou seja, o estresse é a chamada reação de “lutar ou fugir” que nos acompanha desde os tempos das cavernas - homem, diante do perigo, provoca reações no corpo como aumento da respiração, do batimento cardíaco e liberação da adrenalina. São reações para garantir a sobrevivência que ocorrem várias vezes por dia. Se aprendermos a usar esse estresse para a disciplina, produtividade, realização profissional ou pessoal ele se transforma em bom estresse e chega até a fortalecer nosso sistema imunológico.
RH - Como a Sra. Acabou de citar, há linhas que defendem que em determinados momentos o estresse pode ser saudável ao meio corporativo. Qual a sua opinião sobre essa questão?Sandra Schamas - A Competitividade é um fato. A necessidade de fazer várias coisas ao mesmo tempo também. Então, não da para trabalhar sem estresse. É um fenômeno do nosso tempo. O bom estresse é aquela situação de tensão que temos controle sobre o resultado, por exemplo, uma apresentação – se nos prepararmos vamos usar essa adrenalina para fazer uma boa palestra e ficar muito bem depois. Quando não podemos controlar o resultado, aí sim temos o mau estresse. Se esse é inevitável, como a perda de um ente querido, devemos ficar atentos e tentar eliminar esse estresse com exercícios, caminhadas e atividades que nos proporcionem o bem-estar.
RH - Quando falamos em melhoria de vida nas empresas, naturalmente o nome do profissional de RH surge em cena. O RH está administrando o estresse no meio corporativo?Sandra Schamas - Já estive em empresas que proporcionam ginástica laboral e massagem rápida para os funcionários. Achei muito interessantes as propostas, até saber que os funcionários não desfrutavam desses benefícios. E sabe por quê? Porque a maioria dos profissionais achava que não fica bem ir fazer massagem ou exercício, caso o gestor ou os colegas estivessem trabalhando naquele momento. Isso é um preconceito bobo porque se a empresa proporciona esses benefícios, a organização deseja que todos façam bom proveito. Já pensou se eu levo te dou um lindo presente e no mesmo momento você me diz “não obrigado”? Ou, então, imaginemos uma situação diferente. Eu a convido para uma festa e você me diz que não pode ir porque tem de lavar o carro. Acredito que o estresse é uma preocupação atual dos departamentos de Recursos Humanos e que existe um movimento real da administração de estresse nas empresas.
RH - Quais são as ações que mais têm ajudado a área de RH administrar o estresse organizacional?Sandra Schamas - São inúmeras as iniciativas, mas observo a realização de treinamento, palestras e uma constante preocupação com o bem-estar do funcionário de uma maneira geral. Também noto que as estruturas empresariais estão preocupadas para colocar a pessoa certa no cargo certo.
RH - Qual a melhor forma de avaliar se uma determinada ação ou programa corporativo está ajudando as pessoas a manterem um nível de estresse, no mínimo, aceitável?Sandra Schamas - É fundamental que as organizações estejam atentas a determinados indicadores do clima organizacional. Para isso, a empresa sempre deve analisar o perfil dos funcionários e as suas próprias necessidades. As empresas nunca devem esquecer de promover ações que tenham a ver com as equipes ou o investimento será perdido.
RH - Que conselhos a Sra. dá a um RH que pretende implantar ações num ambiente altamente estressante?Sandra Schamas - Pergunta difícil essa, mas vamos lá. A primeira coisa seria pedir para o RH fazer uma análise e um diagnóstico da equipe, ver o que provoca mais estresse e que tipo de estresse está presente na corporação. Depois, pediria para o RH tentar saber o que motiva os funcionários. Por fim, saber qual a filosofia da empresa, o que a organização realmente espera dos funcionários e estabelecer metas possíveis porque, em minha opinião, um dos maiores motivadores é a realização profissional, ou seja, fazer um trabalho bem feito e entregar no prazo estipulado. Aquela sensação de “missão cumprida” faz bem para a qualquer um.

Fonte: www.rh.com.br